Crescemos com a visão das bruxas sendo as vilãs.
Feias e muito ruins.
Isso imprime no nosso imaginário que ser bruxa é ser mau.
Quando na verdade ser bruxa é fluir com a ciclidade da natureza. É respeitar cada ser que vive junto com a gente nesse planeta. É ouvir o sopro do vento e acreditar na sua intuição. Dançamos nossos corpos e nossa sexualidade. Somos livres e sem medo.
Eu fui estudar lá por volta dos 15 anos sobre a idade média e o tribunal da inquisição.
Mas muito, muito superficial.
Eu pelo menos lembro de ficar com ódio da igreja católica. Mas a prova passou e ódio foi esquecido.
Na minha caminhada e o resgate da minha ancestralidade com mulheres erveiras, benzedeiras e raizeiras. Voltei para esse período da Inquisição e o estudo dessas mulheres nomeadas bruxas. Muitas vezes chorei. Senti no útero essa dor. Essas mulheres foram muito violentadas. Inclusive por alguns parentes que desejavam seus corpos ou seu patrimônio.
Em síntese a igreja que era o estado queria tomar o poder. E ser o único alicerce da comunidade. E as “bruxas” estavam impedindo esse poder totalitário. Qual foi o plano?
Vamos tirá-las de circulação. Desmerecer a sua sabedoria e tornar tudo que vem delas em proibido e demoníaco. Mas antes torturavam seus corpos, suas mentes e suas almas. Com direito a estupro e lacerações. E pra fazer o espetáculo ainda mais pirotécnico: Queimavam-nas em praça pública.
E por tudo isso nós mulheres ainda carregamos no nosso útero essa energia de desajuste. De algo que não faz sentido. De punição mera e simplesmente por existirmos em corpos femininos. O inconsciente coletivo ainda pulsa o ódio pelas mulheres.
Mas somos feministas. Somos sementes. E estamos plantando um futuro com mais harmonia para as gerações vindouras. Não iremos nos entregar sem lutar. E que vençamos nós: AS BRUXAS.
A bruxa que habita em mim saúda a bruxa que habita em ti.
Marque aqui aquela sua amiga bruxona que precisa tomar essa dose de ânimo. 😍🌿💃💜
